Pessoas que fumam sofrem mais com distúrbios do sono e também dormem menos do que aquelas que não fumam. Segundo a pesquisa realizada pela Escola de Medicina Charité Berlin, da Alemanha, o fato acontece porque a nicotina - droga presente no cigarro -, atua como um estimulante do organismo, o que altera o ritmo do sono. Para avaliar as mudanças, uma pesquisa foi realizada com 2,3 mil pessoas, divididas entre fumantes e não fumantes.
O levantamento apontou que 17% dormiam menos de seis horas contra 7% de não fumantes, e 28% manifestavam dificuldades neste período contra 19% dos que não fumavam. Segundo a pneumologista Sylvia Machado, da equipe do setor de Prevenção do Núcleo de Oncologia da Bahia, o cigarro, assim como o álcool, causa a falsa sensação de relaxamento e bem-estar. Especialista também no assunto, a consultora do sono Renata Federighi informa que usuários de cigarro não conseguem alcançar o estágio mais profundo do sono. Isso porque a fase mais leve é interrompida em vários momentos devido aos efeitos da nicotina.
“A substância causa no organismo problemas como ronco, apneia e insônia crônica e a privação do sono impossibilita a produção de alguns hormônios que desempenham papéis vitais no funcionamento de nosso organismo, como por exemplo, o hormônio do crescimento (GH), a serotonina, a melatonina e o cortisol”, explica. Ela diz ainda que noites mal dormidas somadas ao próprio tabagismo causam efeito devastador sobre a saúde, como o surgimento de doenças cardiovasculares e também o diabetes. Ainda de acordo com pesquisa do pneumologista, em Salvador, o hábito de fumar começa, em média, aos 11 anos.
Informações do Correio.
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