O Ministério Público deverá incluir o Flamengo em uma investigação sobre o Bahia e a venda do meia Gabriel, atual camisa 10 do clube carioca. Segundo o jornal "Extra", o clube baiano recebeu quase R$ 500 mil a menos do que o valor pago pelo Rubro-Negro.
O Bahia já era alvo de um inquérito para investigar indícios de crimes contra o sistema financeiro envolvendo a antiga gestão do clube, naquela que é considerada a transação mais lucrativa de sua história.
Pelo contrato, o Flamengo deveria pagar 2,2 milhões de euros por 50% dos direitos econômicos de Gabriel. O Rubro-Negro pagou a primeira parcela no dia 11 de janeiro, no valor de 500 mil euros (R$ 1.370.000,00, na época) e dividiu o restante em quatro parcelas, a última a ser paga em abril de 2014.
No entanto, o Bahia fez uma antecipação do valor que teria que receber, e decidiu pegar uma espécie de empréstimo de R$ 3.765.300,00 na Polo Capital Consultoria Ltda, pagando R$ 800 mil em juros.
No entanto, de acordo com "Extra", o Flamengo realizou um depósito no mesmo dia à Polo, com valor de R$ 4.250.751,81, para antecipar a quitação da dívida pela compra do meia.
O MP investiga o motivo de o Bahia ter procurado um intermediário, pagando juros, se poderia receber a quantia diretamente pelo Flamengo.
O clube carioca emitiu nota afirmando que os dois clubes não se comunicaram:
"A Polo Capital comprou o crédito do Bahia e revendeu-o ao Flamengo. Bahia e Flamengo não se comunicaram. Tratou-se de uma operação bancária", explicou a assessoria ao site.
O Bahia também se manifestou garantindo que a negociação está registrada nos documentos do clube, que estão sendo auditados pela empresa Performance.
"A diretoria anterior do Bahia antecipou o restante do valor que teria a receber, com o abatimento de juros praticado no mercado financeiro. Esta negociação está devidamente registrada nos documentos financeiros do clube, inclusive com extratos, comprovantes bancários e contratos com o Flamengo e com o Banco Polo Capital. Toda esta documentação está disponível na sede administrativa do Bahia e a empresa de auditoria Perfomance tem acesso livre a ela", diz o documento.
Por SRZD
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