Presidente da OAB, Sérgio Freire, levou ofício em resposta a solicitação da juíza, Ana Cláudia (Foto: Mayara Cruz / OAB-RN) |
O suspeito alegou à magistrada que devia estar havendo algum engano, pois além de ser pós-graduado é professor do curso de Direito em uma faculdade de Natal. Realmente, estas informações procedem, mas ele não foi aprovado no Exame de Ordem. Consultada, a OAB informou que esta pessoa não é habilitada para o exercício profissional e que a carteira é falsa. Informou ainda que na realidade o suspeito é bacharel na área e presta assessoramento a um escritório de Construção Civil.
O homem pode responder pelos crimes de Falsidade Ideológica, Falsificação de Documentos e Estelionato, que juntos somam pena superior a 16 anos. O suspeito se apresentara como advogados das vítimas. De acordo com a juíza Ana Cláudia Braga, não houve prejuízo às partes envolvidas na audiência preliminar, pois ocorreu composição civil entre elas, com a presença de representante do Ministério Público. O acordo foi homologado.
Por ter havido falsificação de um documento federal, a juíza oficiou à Polícia Federal sobre o caso e o Ministério Público Estadual irá atuar nesta questão. Há a possibilidade desta pessoa ter enganado outros clientes. “Hoje em dia está cada vez mais difícil burlar à Justiça com a utilização de carteiras falsas, com os sistemas eletrônicos, cada vez mais eficientes, mas a OAB pede para que os magistrados lembrem sempre de pedir a apresentação do documento nas audiências”, destaca a juíza Ana Cláudia Braga.
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