sexta-feira, 30 de agosto de 2013

MPF/RO RECOMENDA QUE VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO NÃO DIVULGUEM SERVIÇOS DA TELEXFREE

Os veículos de comunicação de Rondônia receberam uma recomendação do Ministério Público Federal no estado (MPF/RO) para que não divulguem os serviços da Telexfree, exceto se a divulgação for de notícias que informem e esclareçam a população sobre as restrições de atividades da empresa por força de decisão judicial.

A recomendação do MPF/RO baseia-se nos fortes indícios de prática de crime contra a economia popular, por meio de formação de pirâmide financeira. Alguns veículos de comunicação rondonienses já haviam manifestado ao MPF/RO preocupação com o alarmante nível de endividamento da população local em decorrência da adesão ao Telexfree.

O MPF/RO lembra que a decisão liminar do Tribunal de Justiça do Acre que proibiu a Telexfree de fazer novas adesões, seja na condição de 'patner' ou de 'divulgador'. A empresa está proibida de receber os fundos de caução retornáveis e custos de reserva de posição, de vender kits de contas Voip 99 Telexfree (ADCCentral ou ADCentral Family). A multa em caso de descumprimento é de cem mil reais a cada novo cadastro ou recadastramento. Além disto, notícias veiculadas na imprensa informam que a empresa estaria tentado dilapidar seu patrimônio em mais de cem milhões de reais por temer futuras indenizações.


Com base nestes argumentos, o MPF/RO expediu a recomendação para que não se divulgue os serviços da Telexfree, com a finalidade de impedir que pessoas ingressem na empresa, pois suas atividades ainda estão sendo questionadas juridicamente. Os veículos de comunicação de Rondônia têm dez dias para responder ao MPF/RO se acatarão a recomendação.

A recomendação é assinada pelos procuradores da República Gisele Bleggi, Raphael Bevilaqua e Guilherme Rocha Gopfert.


Telexfree sofre três novas derrotas em Brasília e bloqueio continua em vigor


A Telexfree , acusada de ser a maior pirâmide financeira do País, sofreu três novas derrotas nas suas tentativas de reverter, em Brasília, o bloqueio de suas contas e atividades, que já dura 72 dias. Tanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) como o Supremo Tribunal Federal (STF) negaram os pedidos de liberação feito pelos advogados da empresa neste mês.
Com as decisões, a Telexfree contabiliza 14 derrotas na ação que levou ao congelamento de suas atividades em 18 de junho, por liminar (decisão provisória) da 2ª Vara Cível de Rio Branco (AC) . Em Brasília, já são quatro.

Procurados, os representantes da empresa informaram que não iriam se manifestar. Na página da empresa numa rede social, eles disseram que entrariam com novos pedidos.

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